Morar em áreas verdes reduz risco de desenvolvimento de doenças cardiovasculares e diabetes, que aumentam devido a fatores de risco, condições do comportamento que reduz.
A exposição a ambientes ricos em áreas verdes tem sido associada à saúde do ser humano. Pessoas que residem em locais com um alto índice de áreas verdes tendem a apresentar melhores resultados em termos de saúde, incluindo menor probabilidade de obesidade e níveis elevados de HDL-colesterol.
Ao contrário, os ambientes com baixa densidade de áreas verdes tendem a ter uma população com níveis mais altos de obesidade e níveis mais baixos de HDL-colesterol. Além disso, as pessoas que moram em áreas com mais áreas verdes tendem a ter uma maior probabilidade de praticar atividade física ao ar livre, como caminhar e correr em parques, e também uma maior chance de ter uma vida mais ativa, com mais oportunidades de se exercitar em diferentes ambientes.
Áreas verdes e prática de atividade física
A associação entre áreas verdes e prática de atividade física é um tópico de grande importância na saúde urbana. Dois estudos recentes exploraram essa relação, analisando a quantidade de áreas verdes nas vizinhanças e sua influência na prática de atividade física e fatores de risco cardiometabólicos.
A obesidade e níveis baixos de HDL-colesterol são fatores de risco significativos para o desenvolvimento de doenças cardiometabólicas, diabetes e doenças cardiovasculares. Por outro lado, a prática de atividade física é considerada um comportamento que reduz o risco dessas condições.
Nossos estudos indicam que as áreas verdes urbanas podem ter um efeito protetor sobre a saúde cardiometabólica de pessoas adultas, sugerindo que as áreas verdes podem influenciar positivamente a prática de atividade física e, consequentemente, a saúde das pessoas.
Desafios da urbanização na saúde
A urbanização é um processo em rápida expansão, com 55% da população mundial já residindo em cidades em 2018. Essa tendência é ainda mais acentuada na América Latina e Caribe, onde 81% da população já residia em áreas urbanas em 2018. Esse crescimento exige que os setores de planejamento urbano e saúde sejam capazes de lidar com os desafios que a urbanização apresenta para a saúde das pessoas.
Por um lado, o ambiente urbano pode oferecer riscos à saúde, como violência, poluição ambiental, degradação das áreas residenciais e desigualdades na distribuição de recursos sociais e econômicos. Por outro lado, o ambiente urbano pode ser um local de acesso a recursos e estruturas que contribuem para a saúde das coletividades, como áreas verdes, espaços públicos para atividade física e centros de saúde.
Áreas verdes urbanas e saúde
As áreas verdes urbanas têm sido objeto de estudo de pesquisadores da área de saúde urbana, que investigam como as características físicas e sociais das cidades podem afetar a saúde e o bem-estar de populações urbanas. As áreas verdes podem ser definidas como locais públicos com presença de vegetação, como parques, praças, florestas urbanas, zoológicos, jardins e ruas ou canteiros arborizados.
As evidências científicas indicam que pessoas que residem em locais com maior quantidade de áreas verdes têm melhor saúde física e mental. Além disso, a vegetação urbana contribui para a redução de poluição atmosférica, promove a deposição de material particulado na superfície das folhas e absorve poluentes gasosos pelos estômatos.
Benefícios das áreas verdes
A Organização Mundial da Saúde destaca que as áreas verdes urbanas podem oferecer vários benefícios à saúde, incluindo:
* Redução de poluição atmosférica
* Promove a deposição de material particulado na superfície das folhas
* Absorve poluentes gasosos pelos estômatos
* Atuação como barreiras ao reduzir a dispersão de poluentes pelo vento
Fonte: @ Veja Abril
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