Empresas aliadas oferecem vagas técnicas, estágios e treinamentos específicos para reduzir desigualdades. Stereotipos, culturais, acesso e educação formal limitam oportunidades. Multilaterais, instituições do terceiro setor, promessas públicas e certificação de sustentabilidade (ESG) envolvidas. Trabalho de 4 dias, produtividade alta, estresse e movimento. Raça é Prioridade da ONU. CEERT, signatários do compromisso.
Por causa de estereótipos firmados culturalmente ao longo da história e de restrições de acesso à educação e oportunidades de trabalho formal, várias profissões têm uma representatividade maior de homens e indivíduos brancos, em vez de mulheres e pessoas negras, resultando em desigualdades. Para as empresas, a ausência de diversidade entre profissionais em uma área específica de conhecimento é uma questão, já que diminui o número de talentos disponíveis.
Reconhecer a importância da diversidade e tomar ação para promovê-la nas equipes é essencial para criar ambientes mais inclusivos e inovadores. Além disso, afirmativas como programas de mentoria e políticas de contratação focadas na diversidade são passos fundamentais para construir organizações mais representativas e igualitárias.
A importância das ações afirmativas para promover a diversidade nas empresas
De acordo com especialistas, ter um time de perfil homogêneo limita a variedade de perspectivas e abordagens para resolver problemas. Como consequência, a falta de diversidade faz as empresas perderem oportunidades e ideias que geram inovação e novas fontes de receita. 4 em cada 10 brasileiros passaram por discriminação no trabalho, aponta pesquisa. 75% das empresas não têm alguma certificação de sustentabilidade e ESG, diz pesquisa. Semana de 4 dias de trabalho tem aumento de produtividade e redução no estresse, mostram testes.
Implementando ações afirmativas para a diversidade e inclusão
Para aumentar a diversidade entre seus profissionais e participar da redução de desigualdades no país, empresas podem implementar ações afirmativas. Uma estratégia interessante é participar de alianças lideradas por organizações multilaterais e instituições do terceiro setor para conhecer boas práticas e trocar experiências com outras empresas. Assumir compromissos públicos monitorados por essas alianças pode aumentar o número de funcionários de diferentes grupos sub-representados.
Um exemplo é o Movimento ‘Raça é Prioridade,’ uma iniciativa do Pacto Global da ONU Brasil em parceria com o Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades (CEERT). A ambição do movimento é fazer com que 1.500 empresas se comprometam a ter, até 2030, ao menos 50% de pessoas negras, indígenas, quilombolas ou pertencentes a outro grupo étnico socialmente vulnerável em suas posições de liderança. Até o momento, 53 empresas brasileiras aderiram, incluindo Schneider Electric, Unilever, Neoenergia, iFood e Vivo.
Engajamento das empresas em ações afirmativas
Agências de publicidade e casas de investimento também estão entre as signatárias do compromisso público, com metas concretas e indicadores específicos a seguir. Ao participar, as empresas têm acesso a ferramentas e especialistas para desenvolver as metas, além de terem suas práticas e resultados monitoradas anualmente. Gestores de RH reconhecem a importância de atuar em todos os níveis hierárquicos para promover a equidade racial e criar um ambiente com oportunidades iguais para inovar e se desenvolver.
Promoção da equidade de gênero
Historicamente, as mulheres foram desencorajadas de escolher profissões em áreas dominadas por homens, como ciência, tecnologia, engenharia e matemática (STEM). Para aumentar a representatividade das mulheres nessas áreas, é essencial abrir vagas técnicas afirmativas e promover a inclusão em cargos de liderança e áreas técnicas. Essas ações afirmativas podem ajudar a quebrar estereótipos culturais e restrições de acesso das mulheres a oportunidades de trabalho e desenvolvimento profissional.
Fonte: © CNN Brasil
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