Número de CPFs individuais atinge 5,2 milhões em setembro, crescimento de 7% na base anual e 0,8% na base mensal, com investidores em busca de carteira concentrada em fundos imobiliários e criptoativos, evitando o mercado de cortes.
Conforme o relatório divulgado pela Bolsa de Valores de São Paulo (B3), o número de investidores brasileiros em A bolsa brasileira, B3, voltou a crescer em setembro deste ano, em comparação com o mesmo período do ano anterior, com um crescimento de 7,4%. É importante ressaltar que esses investidores podem ser tanto pessoas físicas quanto pessoas jurídicas, mas o foco aqui é sobre as pessoas físicas.
Essa tendência de aumento no número de investidores individuais da bolsa brasileira, B3, pode ser vista como um sinal positivo para o mercado de renda variável no Brasil. Com mais pessoas adentrando a bolsa, há maior movimentação de capitais, o que pode impactar positivamente a bolsa brasileira, B3, através da bolsa e do próprio mercado de renda variável, gerando oportunidades para os investidores brasileiros.
Retorno dos Investidores à Bolsa Brasileira
Em setembro de 2023, o mercado de renda variável do Brasil apresentou um aumento significativo na quantidade de CPFs individuais, com mais de 4,8 milhões de registros, contra 5,2 milhões no mês anterior, um crescimento de 0,8%. Essa ascensão reforça a ideia de que os investidores brasileiras estão retornando à bolsa, incentivados pela expectativa de uma economia em recuperação e pela expansão da oferta de produtos alternativos. Nesse cenário, a bolsa brasileira se apresenta como opção atraente para os investidores pessoas físicas, que buscam diversificar suas carteiras e aproveitar as oportunidades de crescimento.
A B3, o principal mercado de valores mobiliários do Brasil, não oferece explicações diretas sobre esse cenário, mas é possível identificar alguns fatores que contribuíram para esse aumento. O primeiro fator é o início do ciclo de cortes de juros nos Estados Unidos em 18 de setembro, que liberou apetite por risco e provocou um fluxo de compradores de ativos domésticos. Essa expectativa de movimentação de estrangeiros, que são os maiores compradores da bolsa brasileira, pode ter atraído investidores individuais para o mercado de renda variável. Além disso, o rombo deixado pela saída do capital estrangeiro da B3 diminuiu no último período, o que significa que os investidores gringos voltaram a comprar ações no mercado secundário e reduziram o ritmo de redução das posições em empresas brasileiras.
Em agosto, a movimentação mais positiva do ano dos investidores estrangeiros foi registrada, com aportes superando resgates em R$ 10 bilhões na B3. Esse cenário pode ter estimulado uma volta antecipada da pessoa física para a bolsa em setembro. Embora o resultado do último mês tenha sido frustrante nesse sentido, o mercado continua a ser atraindo investidores.
A B3 não é apenas um ambiente exclusivo para negociação de ações. Fundos de todos os tipos são negociados na bolsa brasileira, incluindo os Fundos de Investimentos Imobiliários (FII), os Fundo de Investimento nas Cadeias Produtivas Agroindustriais (Fiagro) e também os fundos que acompanham índices (ETF). Muitos destes produtos têm carteiras concentradas em ativos de renda fixa, o que os torna atraentes para investidores que buscam aproveitar o aumento da taxa básica de juros, a Selic, iniciado pelo Banco Central (BC) em setembro. As classes são queridinhas entre os investidores, especialmente os fundos imobiliários, que vêm se recuperando com o aquecimento do mercado imobiliário.
A B3 tem dado tração à expansão do portfólio de produtos na bolsa, incluindo criptoativos. Os fundos imobiliários, por exemplo, têm sido prioritários no portfólio e calendário de lançamento de produtos no mercado há alguns meses. Além disso, a bolsa brasileira está se posicionando como uma plataforma de investimento diversificada, oferecendo aos investidores brasileiras oportunidades para diversificar suas carteiras e aproveitar as oportunidades de crescimento no mercado de renda variável.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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