A geógrafa Maria Encarnação Beltrão Sposito afirma que a Região Metropolitana de São Paulo passa por um processo de fragmentação socioespacial.
A pesquisa ‘Fragmentação Socioespacial e Urbanização Brasileira: Escalas, Vetores, Ritmos, Formas e Conteúdos’ investiga a mobilidade em dez áreas urbanas brasileiras, incluindo oito cidades médias e dois distritos urbanos da Região Metropolitana de São Paulo (SP). A pesquisa busca entender melhor a relação entre a mobilidade e a composição da cidade, bem como a diferenciação e desigualdades que se manifestam na vida urbana.
O trabalho, coordenado por Maria Encarnação Beltrão Sposito, da Universidade Estadual Paulista ‘Júlio de Mesquita Filho’ (Unesp), em Presidente Prudente (SP), visa contribuir para a compreensão da mobilidade urbana e da fragmentação espacial em diferentes escalas e contextos urbanos. Em um evento de encerramento, os membros da equipe discutirão os principais resultados e implicações de sua pesquisa, abordando temas como a desigualdade na mobilidade e o direito à cidade, enfatizando a necessidade de políticas públicas que promovam a inclusão e justiça social em espaços urbanos. Além disso, os resultados da pesquisa podem contribuir para a elaboração de estratégias que promovam a mobilidade sustentável e a qualidade de vida nas cidades, mitigando os impactos negativos da urbanização desordenada.
Mobilidade: Um Conceito Transcendental na Compreensão das Cidades
Em 6 de novembro, um estudo revelador será apresentado em um congresso da Universidade de Lisboa, Portugal, abordando a mobilidade como um aspecto fundamental na composição da cidade e da vida urbana. Nesse contexto, é fundamental compreender como a mobilidade está relacionada à diferenciação e às desigualdades nas cidades, redefinindo os sentidos do direito à cidade.
A geógrafa Maria Encarnação explica que o processo de fragmentação socioespacial, uma tendência de composição da cidade e da vida urbana de modo menos integrado, altera significativamente o conteúdo das desigualdades e da diferenciação, impactando diretamente o direito à cidade. Este processo pode ocorrer de três maneiras: dispersão do tecido urbano, práticas espaciais e imaginários sociais.
A dispersão do tecido urbano leva a um crescimento da cidade em território, resultando em terrenos não ocupados e descontinuidades urbanas. Já as práticas espaciais envolvem a separação social e espacial dos moradores em seus cotidianos, diminuindo os espaços compartilhados por diferentes classes sociais. Por fim, os imaginários sociais influenciam as representações coletivas sobre os espaços, gerando práticas de evitação, segregação ou estigmatização territorial.
A inspiração para o estudo veio de pesquisas anteriores, uma sobre espaços residenciais fechados e controlados por sistemas de segurança e outra sobre as mudanças no comércio e no consumo, com o aumento da presença de shopping centers, hipermercados, lojas de franquias ou de grandes redes comerciais e de serviços. Essas pesquisas já haviam evidenciado uma maior separação entre os grupos sociais nas cidades.
Participaram da pesquisa 130 pessoas de diferentes universidades brasileiras, incluindo a Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa), a Universidade Estadual do Ceará (Uece) e a Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), entre outras. A maior parte dos pesquisadores eram doutores e estudantes do campus da Unesp, em Presidente Prudente, que sediou e coordenou a pesquisa.
Mobilidade Urbana e Fragmentação Espacial: Uma Relação Intrínseca
A mobilidade está intrinsecamente relacionada à fragmentação espacial, influenciando a composição da cidade e da vida urbana. A dispersão do tecido urbano, por exemplo, pode levar a uma maior separação entre os grupos sociais, enquanto as práticas espaciais e imaginários sociais influenciam as representações coletivas sobre os espaços, gerando práticas de evitação, segregação ou estigmatização territorial.
A pesquisa também analisou as mudanças no comércio e no consumo, com o aumento da presença de shopping centers, hipermercados, lojas de franquias ou de grandes redes comerciais e de serviços. Essas mudanças têm impactado significativamente a mobilidade urbana, influenciando a forma como as pessoas se deslocam e interagem nas cidades.
Composição da Cidade e Diferenciação: A Mobilidade em Questão
A composição da cidade e da vida urbana está diretamente relacionada à mobilidade, influenciando a forma como as pessoas se relacionam e interagem. A fragmentação socioespacial pode levar a uma maior separação entre os grupos sociais, resultando em uma cidade mais fragmentada e desigual.
A pesquisa também aborda a diferenciação e as desigualdades nas cidades, influenciadas pela mobilidade. A composição da cidade e da vida urbana pode levar a uma maior segregação social, resultando em uma cidade mais desigual e fragmentada.
Direito à Cidade e Mobilidade: Uma Relação Complexa
O direito à cidade está diretamente relacionado à mobilidade, influenciando a forma como as pessoas se relacionam e interagem nas cidades. A fragmentação socioespacial pode levar a uma maior separação entre os grupos sociais, resultando em uma cidade mais fragmentada e desigual.
A pesquisa também aborda a relação entre a mobilidade e o direito à cidade, influenciada pela composição da cidade e da vida urbana. A diferenciação e as desigualdades nas cidades são influenciadas pela mobilidade, resultando em uma cidade mais desigual e fragmentada.
Mobilidade e Fragmentação Espacial: Uma Dinâmica Complexa
A mobilidade está intrinsecamente relacionada à fragmentação espacial, influenciando a composição da cidade e da vida urbana. A dispersão do tecido urbano, por exemplo, pode levar a uma maior separação entre os grupos sociais, enquanto as práticas espaciais e imaginários sociais influenciam as representações coletivas sobre os espaços, gerando práticas de evitação, segregação ou estigmatização territorial.
A pesquisa também analisou as mudanças no comércio e no consumo, com o aumento da presença de shopping centers, hipermercados, lojas de franquias ou de grandes redes comerciais e de serviços. Essas mudanças têm impactado significativamente a mobilidade urbana, influenciando a forma como as pessoas se deslocam e interagem nas cidades.
Conclusões Finais
A mobilidade é um conceito transcendental na compreensão das cidades, influenciando a composição da cidade e da vida urbana. A fragmentação socioespacial pode levar a uma maior separação entre os grupos sociais, resultando em uma cidade mais fragmentada e desigual.
A pesquisa também aborda a diferenciação e as desigualdades nas cidades, influenciadas pela mobilidade. A composição da cidade e da vida urbana pode levar a uma maior segregação social, resultando em uma cidade mais desigual e fragmentada.
Em resumo, a mobilidade é um aspecto fundamental na compreensão das cidades, influenciando a forma como as pessoas se relacionam e interagem. A fragmentação socioespacial e a diferenciação são influenciadas pela mobilidade, resultando em uma cidade mais desigual e fragmentada.
Fonte: © G1 – Globo Mundo
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