Premiação cobiçada por chefs, o Guia Michelin nasceu para promover estabelecimentos e incentivar o uso do carro, com selo Bib Gourmand e estrelas verdes baseadas em critérios de avaliação.
No mundo da gastronomia, receber uma estrela Michelin é um reconhecimento de excelência, um símbolo de qualidade e sofisticação. Mas você sabia que o nome dessa prestigiosa premiação tem uma conexão direta com a famosa marca de pneus? A história começa no início do século XX, quando os irmãos Édouard e André Michelin criaram a Michelin com o objetivo de promover a indústria automobilística.
Com o tempo, a Michelin se tornou sinônimo de qualidade e inovação, e a classificação que leva seu nome se tornou uma condecoração cobiçada pelos chefs e restaurantes de todo o mundo. A premiação é uma forma de reconhecer a excelência culinária e a habilidade dos profissionais da gastronomia. A busca pela perfeição é um desafio constante, e a estrela Michelin é o símbolo máximo desse esforço. Além disso, a classificação também é uma forma de promover a cultura gastronômica e incentivar a inovação na cozinha.
A Origem da Michelin
A Michelin foi fundada em 1889 pelos irmãos André e Édouard Michelin, com o objetivo de fabricar pneus de alta qualidade. Na época, havia apenas 3 mil veículos na França, mas os irmãos Michelin acreditavam que a mobilidade seria o futuro. Para promover seus produtos e oferecer valor agregado aos consumidores, eles tiveram a ideia de criar um guia que incentivasse as pessoas a explorar as estradas do país, fornecendo dicas sobre onde comer, dormir e abastecer os carros.
O Guia Michelin: Uma Condecoração para a Gastronomia
A primeira edição do Guia Michelin foi lançada em 1900, dois anos após a fundação da empresa, e foi distribuída gratuitamente. Inicialmente, o guia não incluía avaliações de restaurantes, mas sim informações sobre estradas, hotéis e postos de gasolina. No entanto, em 1926, os restaurantes começaram a receber estrelas, que se tornaram um símbolo de excelência na gastronomia. A classificação dos restaurantes foi estabelecida em três categorias: uma estrela para restaurantes que valiam a pena visitar, duas estrelas para aqueles que mereciam um desvio e três estrelas para os estabelecimentos que mereciam uma viagem especial.
Expansão e Inovação
Ao longo dos anos, o Guia Michelin continuou a se expandir e inovar. Em 1931, foram introduzidas as estrelas vermelhas, que indicavam os restaurantes mais excelentes. Em 1996, a Michelin criou o selo Bib Gourmand, uma distinção para premiar os restaurantes com alta qualidade e preço acessível. Mais recentemente, em 2020, a Michelin iniciou a premiação de estrelas verdes, para destacar a sustentabilidade dos restaurantes. Para determinar a classificação dos restaurantes, inspetores anônimos visitam os estabelecimentos para avaliar cinco critérios: qualidade dos ingredientes, domínio de técnicas culinárias, harmonia de sabores, personalidade do chef representada na culinária e consistência ao longo do tempo e em todo o menu.
Presença Global e Relevância
O Guia Michelin está presente em mais de 40 destinos, com 16,7 mil estabelecimentos. No Brasil, o guia foi lançado em 2015, com endereços em São Paulo e no Rio de Janeiro. Embora o país ainda não tenha restaurantes com três estrelas, a Michelin continua a promover a gastronomia brasileira e a reconhecer a excelência dos restaurantes locais. A história da Michelin é um exemplo de como uma marca pode se adaptar aos novos tempos e comportamentos dos consumidores, mantendo sua relevância e influência na indústria da gastronomia.
Fonte: @ PEGN
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